Igreja de Vila Garcia
A solução desenvolve-se no jogo criado pela ligação directa e fluida entre o corpo da Igreja e o adro, remetendo para segundo plano a construção de apoio, em que se utiliza uma linguagem mais subtil. A igreja é essencialmente constituída pelo volume “deitado” sobre os planos baixos de granito, vindo buscar a luz de poente com os vitrais previstos na fachada principal e por um outro volume vertical, mais elevado que marca a zona do altar.
A fachada principal é pontualmente rasgada por vitrais que permitirão, no final do dia, a entrada de feixes suaves de luz coada pela cor e, no interior, o percurso até ao altar é marcado pela galeria central que separa as duas baterias de bancos (com capacidade para 140 pessoas); as paredes laterais, cegas, incluirão sancas para integrarem iluminação rasante.
A marcar/envolver o altar, encontramos dois rasgos de iluminação vertical, a sobre elevação do pavimento em 48cm e um poço de luz criado no volume mais alto. Esta área albergará o altar e ambão, a Presidência e, naturalmente, um Sacrário.
Sensivelmente com uma disposição paralela ao eixo longitudinal da igreja, o corpo do edifício de apoio surge com a forma de uma caixa fechada para a rua, voltando para o adro o vão de acesso ao seu interior.